Tempo
O tempo dilui todas as
paisagens
com as cores que vai
tecendo.
Como troféus,
fragmentos de glória dispersam-se
em tons de sépia nas
nossas memórias e nas nossas paredes.
O tempo escondia-se
nas nossas mãos
quando moldávamos
brinquedos.
Desalinhava os teus
longos cabelos
querendo ensinar-te
voar.
O tempo passa por nós
pedindo-nos as mãos e
devolvendo-nos as
rugas
num ritual de passagem
sempre renovado.
Sempre testemunhado.
O tempo desafiou-nos
quando nos
abraçava-mos.
Apenas se detém quando
nos amamos.
Só ai nos é permitido
não envelhecer,
Pois a memória que
temos de quem amamos faz-nos sorrir.
E prosseguimos com a esperança
sempre renovada
nas gerações que nos hão
de suceder.
O tempo é uma
constante que nos concede a vida e nos limita.
Por esse motivo
É urgente não perdermos
tempo.
2017 © Copyright Vítor Casado
Foto: Vítor Casado, 2017
Foto: Vítor Casado, 2017
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